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Mostrando postagens de novembro, 2013

Vale dos Vinhedos

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Arte de Rosana Schmitt  Dançam os plátanos ao vento, Jubilosos de tanta gratidão, Saúdam os mansos parreirais,  A saudade é o sentimento Dono de um tempo que não volta mais; Sublimes os leques das araucárias Abertos em celebração, Bondoso o Vale dos Vinhedos Repleto de belezas sobrenaturais. A vida acontece plena, - fortificada A mata cor de menta, - perfumada Sob a proteção da grandeza De um céu feito de turquesa, Protetor de mãos trigais, Povo feito de batalhas, Gente que não se rende jamais! Encantam com sabores, Persistentes na labuta, Gente gaúcha e resoluta Que não perde sequer uma luta!

Não me poupe

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Não me poupe das tuas mãos Que brindam com carinhos, Não me poupe dos teus passos, Quero estar nos teus caminhos. Não me poupe dos teus beijos Que lembram os sacros  pomares, Não me poupe dos teus sabores Quero celebrá-los diante dos altares. Não me poupe dos teu pensamentos Poéticos cataventos de sentimentos, Não me poupe dos teus beijos solares Quero estar contigo em todos os lugares. Não me poupe nem das tuas noites, Que me convidaram para protagonizar - as boas madrugadas - Quero estar na tua companhia Não sairei jamais das tuas estradas; Não me poupe dos vinhos embriagantes Das mais doces juras e do Vale dos Vinhedos; Ainda hei de saber dos teus (segredos)...

A Chama da Vela

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Arte de Rosana Schmitt A chama da vela - marca - A doce silhueta - insinuante - Ao cair do poente - brota - A abóbada silente - brilhante - À iluminar o corpo - dos amantes - A saborear celeste - sorrateira - A cena picante - extasiante  A chama da vela, - revela - A coreografia  bailante - de joelhos; Capaz de escandalizar Os mais sensuais espelhos. A chama da vela, - capaz - De trazer a paz, Para dois que querem mais; Estimulados à enfrentar a horas, Carregar auroras e desmaiar poentes Nas linhas mais erógenas - amar; Juntos cultivando sementes Para sempre um novo raiar. A chama da vela, Derrete a cera, Como o seu olhar, Faz com o meu corpo, Sem pudor e sem dó, Envolvendo-me como um nó - exato - Verso perverso e inefável, Que me prende, aperta e segura, Na delícia que não passa, Numa poesia incurável, Glória aos céus, Por esta loucura!...

Não é preciso

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Não é preciso provar nada, Precisamos um do outro, Não devemos nada a ninguém; Devemos nos provar...e bem! Não é preciso justificar nada, Entregamos fácil o ouro, Não negamos nada a ninguém, Todos percebem muito bem... Não é preciso esconder, Dançamos no abismo; Não recusamos o amanhecer Dois oráculos e um destino. Vagueio peregrina na tua mente, O teu corpo sente a ausência - unicamente - do meu!... E o meu escreve evitando - lembrar - de que já teve o seu! Escrevo poesia - evitando - Lembrar de que ela existe, Como um gemido de fidelidade - extrema - pela falta que me fazes; Ainda escreverei versos muito melhores, E bem  mais plenos e audazes...

Poder

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Arte de Rosana Schmitt O meu poder vai além do teu querer A minha fragrância envolveu o teu arfar; O meu desejo ainda vai te endoidecer A minh'alma sempre é o teu [altar... A minha luxúria virou o teu refúgio, O meu anseio não passou, ficou; A paixão tornou-se inquebrantável, O nosso corpo é um só: [indissociável]. O vento ergue o sublime uivo, A chuva molha o teu [escudo, O meu corpo em descuido manso A vontade no peito desfez o [escuro. A chama não se apaga nunca, O amor é a luz do mundo, A verdade traz o fio da [espada, O arrepio que me traz e sempre me [mata. A minha presença sempre será [forte, O verso mais lindo que fiz, não rasguei; A doçura de amor virou lei, O amor trouxe você que me deu [sorte. O poder de estar sempre contigo, A cadência que te alucina, poema de absinto, O amor que se arrisca até no abismo, A loucura que não apaga nem da memória.

Dominada

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As estrelas riscam  o chão, E escrevo sobre  o amor Na palma da minha mão, És Universo  e intimidade Vou reverenciar  cada minuto Em nome da nossa paixão. As estrelas iluminam Os teus tontos passos..., Porque no fundo  és menino Pleno e do mundo desprotegido; Precisando  dos meus afagos, Para não temer  o infinito. Segue os meus passos Como o Sol descobre  a sombra, Sinal de que não havia percebido Da libertinagem com pompa, Rimado pelas  estrelas aos estalos. Pecado inconfessável, Chama secreta, Perfume inefável, Rosa mística, Oásis no deserto, Ilusionismo perfeito, Soneto d'alma, Porão aberto, Algema quebrada, Coração inteiro, Flutuação perfumada, Estou hipnotizada, Completamente dominada.

Quem sabe

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Obedeço com louvor Sereno como um rio, Assim te tenho amor. Brindo com doçura Carinhosa como água, Que beija, rega e passa. Temo não te rever mais  E perder das estações A imagem que trouxe paz. Canto a derradeira canção De ninar a noite do meu bem, Quem sabe um dia você vem?

Rebojo

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  Arte de @schmitt_rosana Ouço o sussurro do rebojo, Danço a música do vento, Assim distraio a tua falta, Não perco a minh' alma. Rabisco o meu caderno, Escrevo o nosso enredo, Respeito o valor do tempo Resistindo a dor e o medo. Nunca mais me distanciarei, Rejeitarei os oceanos, Sigo os teus passos ciganos, Confesso, eu me apaixonei! Como divindade, escrevo, Nestas linhas não me nego, Para todas elas, eu me entrego, O amor é realmente cego... Amo-te imensamente, Confesso, és desconhecido, ... admito! Grito! Viver livre de ti, eu não consigo!

Intimidade Desconhecida

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Vencendo os limites, - eu me vejo em ti - Rompendo convenções - eu me vejo em ti - Imaginando mais de mil fetiches. Cantando os sonetos, - eu escrevo por ti - Colhendo as flores, - eu vivencio por ti - Cultivando mais de mil sabores. Enamorando os poetas, - descrevendo-te - Encantando as sereias, - embalando-te - Ao som das conchas singelas. Alçando o impossível, - relembrando-te - Pedindo o teu perdão, - surpreendendo-te - Com o meu beijo cheio de paixão. Afinal, eu sou tudo e nada, Apenas aquilo que não se espera De uma dama e poetisa, Um verso do  avesso, Brisa sem eira, Aroma que enfeitiça, Poesia sem livro, Intimidade desconhecida Que roubou o teu juízo.

Nasceu

  Arte de  @schmitt_rosana Alonga o teu olhar para ver A figueira aos pés da duna, Os frutos tão ricos da alma De um segredo que é prece, Eu pude colher os figos Sob a Lua para fazer um doce, E também para fazer sentido  - bendigo -  Só para ser exclusivamente tua. Sempre fugimos do mundo, Porque nos reconhecemos em tudo. Sempre fugimos de gente, Que não ama, não sorri e não protesta. O amor não surgiu em vão, Ele nasceu para iluminar a Terra.