Auto de Confissão




O som deste poema é auto
de confissão de uma paixão,
A viola é a haste de letras
tão irisadas quanto doídas,
A vida poderia ter nos unido
de tanto que nos amávamos,
Os versos que saem em todos
os tons e o peito que alto
Se declara culpado por não
ter os desafios por ti enfrentado.


Bailarina da minha dor,
Poetisa sem rima,
Concubina da Literatura,
Declaro ao Universo:
- Eu te pertenço, ainda sou tua!

Profetiza de um amor,
Fiel sem pastor,
Colombina sem Pierrô,
Declaro ao Inferno:
- Eu vencerei a pena com louvor!...

O tom que grita este poema e auto
de confissão deste coração,
É viola que cairá nas mãos
do violeiro amado,
O exílio que te forçaram
nunca fará de ti um amor
Esquecido e deste peito apagado.



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