Dália




Não existe poesia desacompanhada
Nenhum pouco de si mesma,
Não existe quem não resista o beijo
Por um intenso e pio desejo;
Não existe dália apaixonada,
Que não seja também ninfeta,
Tampouco desejada...

Não compreende o sentimental
- poemário 
Arrancado do pomar
Amansado pelo vento;
Não menos belo que o Balneário.

 Não existe malícia incendiária
Nenhum pouco por ti recusada,
Não resiste carícia reprimida
- Por um só amanhecer,
Não existe ninfeta sonetista
Que não saiba fazer-se dália.

Não compreende o gutural
- soneto
Plantado no lugar
Espalhado pela onda;
Não menos corajoso do que o mar.

Não existe métrica discreta,
Que não seja capaz de revelar:
- A poesia de beber e de amar
Outrossim, que seja ousaz
No ponto urgente e necessário
De fazer-te provar o hálito
- sabor de orvalho -
E da rima da mulher amada.





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