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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

Algo de infinito

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Arte de Rosana Schmitt A porta que leva ao jardim dos fundos de casa foi aberta, e fui em busca  de ares ocultos, Para receber  os teus olhos lindos  capazes de cruzar  nossas fronteiras e desatar defesas; És o meu melhor  esquema e ainda nem aventa isso, a Lua sabe o quê  para nós imagino. Para me orgulhar das tuas mãos que  sabem desarmar com amor e delícia  as bombas internas: Todo dia poemas e confissões tenho  escrito porque sei que você lerá como  merecem ser lidos, Não nos vemos e nos sentimos, porque em nós  há algo de infinito, e o Universo protege.

Vereda

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Arte de Rosana Schmitt vereda de poeira  escura e lenta  ao redor paira, inspiração breve no interruptor  do Universo foi acesa, o vulto brilha e central acena à Lua sensual boêmia. sei que verei a cena  em total e plena  zona de conforto, galáxia devorando outra; no toca-disco sideral Centaurus A em vinil, fino equinócio de outono, infindos místicos e versos festivos hão de ser escritos com lábios bem feitos, perfeitos no Atlas e sutis nas galáxias; nada será como antes, não mais viveremos  suspensos por um fio flertando com o perigo: viveremos de amor e mais nada.

Doce luar crescente

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Arte de Rosana Schmitt  No auge da conjunção de Vênus e Saturno, não encontrei você  feito do que é mais puro: lindo tesouro oculto. Na conjunção plena entre Vênus, Júpiter,  Saturno e a Lua, não desisti do que  é liberação e ternura. No auge da conjunção de Júpiter e Vênus não abracei o quê é feito de pacificação, continuo em agitação. Na conjunção entre  Mercúrio, Júpiter  e Saturno ainda sigo em inconformação. No doce luar crescente e dourado sobre o Vale beijando a minha rua, não desistirei de ser tua pactuante da amorosa jura.

Tempos de Beligerância

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Arte de Rosana Schmitt Em tempos  de beligerância  a poesia sentou  praça para reunir povos irmãos  e semear o amor  e a esperança, Creio que tempos bem melhores virão, dialogar nunca  será em vão.  O mar assim como  o amor é grande,  nele cabem todos os povos e precisa de todos os nossos atentos cuidados.  A poética com  a sua carta de  navegação  aberta haverá  de resgatar  o entusiasmo  de onde nunca  deveria ter sido subtraído, e o mar da história  será devolvido, e abençoado; porque eu quero e assim será  consagrado.

Não sou

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Não sou muito  de falar  da minha vida,  mas acho que  a luta pelo mar  de volta para a Bolívia com  Soberania foi  o quê fez as  minhas raízes  relembrar no dia de Santa Teresinha.  A espera pelo mar  devolvido não irá  me decepcionar, A história abriu  a nova rota,  E a vida voltará  ao seu justo lugar. 

Ao mar

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Fechando os olhos pense no seu lar: imagine se tu fosse impedido de entrar  pela porta da frente, foi o quê o Chile  fez com a Bolívia impedindo de ter o acesso ao mar. Pense se o seu direito fosse negado  por quem tem o  dever dele pelo bem  comum ser um bom paladino da paz combatendo o ego que o mundo jaz. Em pleno século  há a constatação  da existência de quem não  quis entender que  você só tem pelos  fundos e pelo alto  como entrar; reclamo essa  verdade cortante porque consigo me  colocar no lugar, e pela moralidade  vi que falharam  porque deixaram  de optar por  aquilo que é  direito assegurar. Há quem já tenha a sã consciência  que existem certas vitórias que têm a  ver com derrotas, e nada têm a ver  com conquistas  porque violam  a justa lei da vida. O dia primeiro será  lembrado como  o dia da injustiça  enquanto não houver  mais iniciativa ...

Nos salvará

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Gostaria de ter um  mistério para ofertar,  mas eu não consigo  nem inventar dada a gravidade daquilo que estamos vivendo. A ligação que tenho com tantos fatos que  geram os meus versos  é que sou do povo e sinto como se fosse  minha a dor de tantos além fronteiras que  têm sido oprimidos. Estou aqui para provar que toda a poética  é que salva de um  Estado de Ditadura,  e nos salvará de  toda essa loucura, é só preciso acreditar. 

Perseguição política

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Quando se é da  terra nesse mundo o julgamento sempre  acaba sendo mais  pesado para deixar a cada dia mais o  povo amendrontado,  e nunca o direito  receber crédito  e ser reclamado. Sempre quis saber  de Milagro por  ser ciente de que quando ocorre perseguição política o mal humano não  elege nenhum lado;  nunca me esqueci  que até assinei um  abaixo-assinado. Passaram mais de mil dias e até agora  nenhuma convincente resposta de liberdade chegando no caminho, todo preso político  tem o meu amor  materno como se  fosse meu filho; porque a vontade de mudar o mundo  corre direto nas  nossas veias  como cachoeiras  nos meus poemas.

#MarParaLosPueblos

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No dia de hoje, não quero nem ser lembrada, Se os poetas  governassem o mundo talvez  o nosso destino  seria diferente. Só quero mesmo  é ver os meus  poemas recitados na boca de toda a nossa gente, Pedir diálogo  entre os povos  não é insolente. Não dá para fingir  que não houve o Tratado que  reconciliou a Paz  e a Amizade entre os governantes  da nossa gente, A Corte poderia ter  decidido diferente, o quê a vida agora  pede é que se busque  dialogar pacificamente. (Se a Corte Internacional tivesse sido correta, não estaria com o coração dolorido... ) 🙏🌊😢💔 #MarParaLosPueblos

Canalhas

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Existem vitórias que são derrotas, Quando traçadas  para jogar o povo  contra o povo; Não me concilio  com propaganda feita por canalhas com suas tralhas. A minha Nação eu abençoo, O meu desprezo a todos eu  envio aqueles  que fizeram por merecido, Tirando o meu  sossego e furtando quase o meu juízo. Não me concilio nem com o senso de 'justiça' de  alma desidiosa, Que cínica interferiu  no direito de reunião, E discretamente irá  lavar as mãos  como nada  tivesse acontecido. Sobretudo aos que se dizem  tão graduados, e se comportam cúmplices e  muito mais do que submissos  Do que enfeites  são entulhos  no caritó do  nosso destino, O auspício  vocês não terão, Não sei quem disse isso: - Mas eu 'passarinho,  vocês passarão'!  Ao #MarioQuintana eu peço perdão, pois eu não podia perder a rima! 

Invasão

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  Acima de qualquer 'dinastia', da invasão  e de todas as poesias, esse mar pertenceu ao Império Inca, não dá para  ocultar o quê  todo o mundo  viu e sabe que ali estão  os vestígios  da verdade. Foi o poeta  Valentim que me  pediu para  não desistir, e dessa causa não olvidar. Relembro para que da História  não seja apagada: quatro anos  após a  independência, a Bolívia foi invadida; e o Chile até  hoje não teve 'clemência'. Reaver  o diálogo  requer paciência e persistência; não vou parar  de pelo povo  jamais de rogar. A Bolívia  nasceu com  400 km de  costa sobre o Pacífico, e ficou sem o acesso soberano ao mar,  e a Justiça de olhos  vendados me deixou  como saída insistir em  escrever mais  de cento e vinte  mil poemas para fazer  dialogar,  e a paz reinar.

Antofagasta

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O destino  conta com  a nossa  boa vontade,  e Todos  os Santos: nas mãos  da sereia  oculta  está a concha  acústica  da História que clama pela verdade. A justiça  e a paz  como  poemário do jeito que deve  ser em nome da grandeza  de todo  um povo  sempre  pede diálogo. O capricho  político não  leva a nada, a História é muito clara: boliviana  nasceu Antofagasta, por mais que  uns ignorem e tentem mudar o quê  foi escrito, porque da  memória  ninguém apaga.

Conjunção

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Nunca será demais sonhar com mil  e uma noites de luar, quero ser capaz  de inspirar poetas  melhores que eu  na América Latina: para que a poesia  da espera venha  de fato valer a pena. Para juntos nunca mais padecermos do desamparo em meio ao frio  do mundo que pelas  mãos de muitos o amor foi perdido. Para a vida nunca  mais ser a mesma, ser inconsequência em total entrega do meu coração além da conjunção  entre Mercúrio, Júpiter e Saturno, longe do soturno  e dentro do fortuito. Quero com você  não ter mais hora  de ir embora,  tocar as estrelas, e ver o sol raiar tendo os teus  braços como lar. Quero amar você  e viver a poesia  sem linhas e sem  temer o futuro, manter a chama e embalar a paixão além da solene  conjunção entre  a Lua, Mercúrio, Júpiter e Saturno. Viver a me derreter  por estes rítmicos  lábios de merengue, não vou desistir  e nem deixar perder: eu sei ...

Mar para los pueblos

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Da América do Sul eu sou o último  soldado da trincheira, Poema de sete  assentamentos, Letras de sete indomáveis ventos agitando o mar para a memória  jamais se apagar. A ironia orquestrada  a palavra descumprida, não serão ultimatos, porque o justo sempre há de ser irrenunciável, a história, a verdade  e os fatos jamais serão apagados. Neste oceânico poemário altivo  como o vale e de uma história  que envolve  uma questão  não honrada, e uma injustiça  cometida no dia primeiro que por haverá sempre de ser relembrada.

Sentimento de País

 Não é um filme em branco e preto, mas esse filme  eu já conheço. Não dá para  prever o melhor  colocando mãos armadas onde  o sentimento  de país nunca  foi cultivado, é um sinal  de tormento  anunciado. Na mente lentes em 3D nas cores rosa e azul, não sei se perdi o meu Norte, ou se fico no meu Sul. Não me contento com pouco, meio que tarde demais querem distrair o povo tocando a arte de fingir que nada está acontecendo.

São de Argos

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 É fácil saber  quem é quem, porque estes  olhos podem ser emprestados porque nunca  foram meus: são de Argos. No bater silencioso das asas do condor que é humano, a verdade não está  presente no plano. É de rir da nossa própria desgraça  que virá a foguete, porque tem muitas faces sem nenhum  reconhecimento. Não sei o quê  estão pretendendo, parecem alheios  como meninos  numa praça em  uma tarde de verão  como se nada  estivesse por aqui acontecendo.

É dose

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É dose de cachaça com laranjada  só para desconstrair, é melhor já ir  se acostumando que dessa história ninguém pode rir. É de cortar pulsos, mas o silêncio  o único prêmio  dos indigentes fazendo o grêmio. É inevitável não  protestar mesmo discretamente, porque todos sabem que nada vai mudar, e que essa cantilena  só serve para enjoar, e a anomia contar. É de cortar o coração mas o foro privilegiado do povo é ficar calado.

Gritos dos Uyghurs

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Sou a tempestade  Do deserto, A história próxima  De um povo refém De um Estado em Total obscuridade. Dos porões da China Ouço gritos uyghurs Sendo torturados, Dobra intrépido  o sino de metal, Não posso fingir Que nada sei, Não sou cúmplice  Do silêncio letal. Poucos têm noção Que ainda existe Sem algum perdão Neste giramundo Para quem quiser Com os próprios  Olhos constatar: Os tantos campos De concentração.

As Canções da Pátria

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Arte de Rosana Schmitt Quero ouvir  As canções  Da Pátria por  Cada lugar  Da nossa terra, Mesmo que  Seja na hora Do trabalho. Não digo que Foi, é ou tenha Sido fácil, Mas não aceito Nada raso; É por isso que A tirania como Modo de vida Eu combato. Porque vivo  De sentimento Patriótico farto, Como voto que Se incorpora  Mesmo sem pedir Todos os dias  A ser renovado.

Reduzir a nada

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Aquilo que chamam De desconstrução  Do politicamente correto, Eu chamo de ataques As bases da moralidade; É através dessa maneira Que vão fracionando  As forças da sociedade. É por isso que eles Agem com agressividade  Até obter a exaustão E a diluição de uma  Nação inteira para Arrancar o último  Sopro de prosperidade. Quando a escuridão  De nós se aproxima, É porque eles estão  Reunidos em bandos E hordas e fazendo  Sombras sobre nós Para que creiamos  Na tranquilidade  Do silêncio que nos Sufoca e amordaça. Eles não querem  Que sejamos pedras  E nem vidraças,  Eles querem nos  Reduzir a nada, Porque a nossa  Existência atrapalha.

Sem Povo

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Quando se  comportam  como um  esquadrão intimidando a opinião de  uma Nação  se corre o  risco de  censura e de se  abandonar  um povo  inteiro a  sorte do  mercado, e nos braços  do destino. Falo o quê  deve ser  falado, por mais  que seja  doloroso, o quê dói  sempre deve ser dito. O mercado dá o preço  dele e não  o seu preço, e tudo pode  sair muito  mais caro  do que  se pensa. O mercado  emprega  o povo,  mas o povo  deve preceder  o mercado,  porque sem  povo não  há mercado.  A vida deveria ser em primeiro lugar...

Ano Novo

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Que ninguém se importe, não veja ou não creia:  continuo sempre a mesma. Sou a poesia desta cidade, traçando rotas que tragam  você em alta velocidade. Sei que você não é mais  o mesmo de antes, e me deseja de verdade. Vem em ti surgindo muito antes do Ano Novo  Lunar imparáveis desejos. Por adivinhação algo diz que todo o dia você tem  me colocado no seu ritmo para me colocar junto ao calor do teu peito. Em fascinante silêncio  desfruto em segredo a sua capciosa sedução, porque este romance como o Sol está se erguendo.

Superar

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Não há segredo para contar o quê  fez chegar até  aqui e te põe de pé. Alguém fez isso  antes do que você,  não tenha medo, e confie em si mesmo. A chave da solução  está no teu coração, confie em si mesmo e não tenha medo.  Para superar tudo apenas você precisa de sonho e alegria  para se erguer de novo. Uns sonham o Sol escurecer ao invés  de buscar solucionar a energia nuclear. Não espere nenhuma  fórmula ou ajuda, conheces o caminho melhor que ninguém.  Em outros planetas  querem morar,  deste nosso Planeta  poucos querem cuidar. Olhar a Lua e o cosmos  é apenas um jeito da origem de tudo  sair sempre em busca.

Tu me pertencerá

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Alfa Centaurídeas  no lado esquerdo  do Cruzeiro do Sul  hão de chover do início da noite  até o amanhecer. Pendurei cada verso e minh'alma de cordel no varal do Universo, porque não quero voltar a pisar em falso.  Porque não quero  que meu coração  de novo tropece  por quem não merece. O amor verdadeiro  haverá de aparecer em tempo previsto e antes das treze luas cumprirem o ciclo. É assim que eu desejo, e d'um lindo jeito será: constelação tu me pertencerá.