Vereda



Arte de Rosana Schmitt


vereda de poeira 

escura e lenta 

ao redor paira,


inspiração breve

no interruptor 

do Universo foi acesa,


o vulto brilha

e central acena


à Lua sensual boêmia.


sei que verei a cena 

em total e plena 

zona de conforto,


galáxia devorando outra;


no toca-disco sideral

Centaurus A em vinil,


fino equinócio de outono,


infindos místicos

e versos festivos

hão de ser escritos

com lábios bem feitos,


perfeitos no Atlas

e sutis nas galáxias;


nada será como antes,

não mais viveremos 

suspensos por um fio

flertando com o perigo:


viveremos de amor e mais nada.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Vizinhanças

Poesia para a Chuva em Rodeio