Rodeio sob Proclamação





As flores azuis do tempo

voltaram a se abrir,

o sol beijou carinhoso

o Médio do Itajaí,

O despertar em Rodeio 

me fez lembrar que 

a Proclamação da República

tem origem em muitas

revoltas populares,

e fez da liberdade 

o altar de todos os altares.


No aconchego de Rodeio 

sob a Proclamação desta 

minha memória que ouve:

O grito que brada ainda

na Praça da Aclamação

da História recordo 

o seu nome modificado 

para Praça da República.


Busquei da poesia pura

este singelo recordatório

de ideologia positivista,

E também de todas a mais 

dorida em prol da memória 

dos negros que lutaram 

na Guerra do Paraguai 

e não receberam a alforria.


Antes de atirar palavras

mais duras do que pedras 

na memória deodora

por causa da atualidade

por uns distorcida e por outros 

insistida em fazê-la distópica,

Lembremos que toda democracia

tem como regra ser gradual, lenta, 

requer de nós perpétua vigília,

e se hoje temos uma República

devemos a chama patriótica 

e amorosa ao ideal abolicionista. 



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