Luar de Ramadã





Bem antes de mim

o meu sangue

cruzou o oceano,

as estepes podem

ser vistas nas ondas

dos meus cabelos,

as montanhas 

na altura do olhar

das caravanas

o meu passo calmo

e o imperceptível.


Luar de Ramadã

que pode ser

visto nos teus 

olhos lindos,

os sonhos não

podem faltar,

e o nosso apego 

e o zelo para tudo 

o quê dizem 

ser impossível.


O reflexo do Luar

já pode ser lido

pelo destino

nas palmas 

das minhas mãos.


O meu véu tecido

pela Via Láctea

regressará 

entre as ruínas 

de Merv e de tudo

aquilo que trago 

e sempre calo,

intrigando alguns

e é reconhecido.


A Rota da Seda

tenho escrita

na silente poesia

e no coração a tenda

para o mundo abrigar.

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