Não reconhecida



Filha da terra,
não reconhecida,
- estremecida
Faz parte de quem
vive desterrada,
Sob o teto de estrelas,
enluarada,
Em passos firmes,
alma insegura,
Ainda sente os reflexos
da tortura,
Não desiste,
enfrenta;_é partitura!


Princesa e plebeia
- ao mesmo tempo -
Com os pés na terra,
Sendo saudade engolida,
Com os olhos 
nos astros,
Uma vontade silenciada,
Com o peito na Lua,
Sendo verdade reprimida,
Com as mãos ao vento,
Uma inocência desacatada.


Sou a poesia
sob suspeita
Só para quem
não entende
Sou a poesia
escrita – faminta
Só para quem
se permita...


Escrevo para fazer
parte de você,
Escrevo para tomar
conta da sua vida,
- tu bem me conheces
Desde então quando envolvestes
as mãos
Na minha cintura,
e colou o teu corpo,
Fizeste assim 
com que eu
não te esqueça,
E não te esqueço mesmo,
és a minha cantiga.
 
 
 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Vizinhanças

Poesia para a Chuva em Rodeio