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Mostrando postagens de dezembro, 2013

Brinde-o

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Mantenha a alma atenta: Premedita, goza e silencia Diante do mar de violeta. Desarma a alma inquieta: Procura o Ano Novo Brinde-o com bom gosto. Suspenda a ânsia intensa: Entrega, sorria e repouse Somos feitos de poesia. Liberta o prisioneiro: Procura a liberdade Celebre a vida em verdade. Proponha a vontade tua: Desafia, ritualize e vivencia Diante da minha letra nua. Enfeite com o quê mais fulgura, Eterniza com a tua doçura, Inscreva-me no teu peito ternura.

Confissão

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Arte de Rosana Schmitt Estou em todo o lugar Nasci de um mistério Misturado ao teu paladar Cresci no teu coração Mergulhei no teu olhar Escolhi um pavilhão Aceno de um doce amor Solitário, e bem perdido Resolvi resgatá-lo Para desenhar o sorriso Em versos bem protegido - resguardá-lo - Porque não tive a coragem De ainda por ele lutar - e atentá-lo - Sobre os meus sensuais 'versos' Você os aprecia como ninguém E os interprete até como confissão No giro das horas que passam No baile de todos os formosos astros Que nos brindam com demonstrações: De dois que não resistem as distâncias; E, não temem o tamanho dos oceanos. Estou até no teu respirar, Quando vier, que venha liberto! Que venha para libertar, Para elevar os graus dos amplexos. Quando vier, que venha desprendido! Como quem busca um colo, Para ver o tempo passar. E também só para de amor conversar. Estou por todos os teus passos, Em todos os abraços - nã

Devassidão

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Ventos bons hão de te trazer! Virão com o teu cheiro de liberdade, Eu vou te dar, e te receber De um jeito que irá te enlouquecer. Todos os bons momentos hão de ser! Virão com o nosso gozo abusado, Eu vou transcrever em sonetos De devassidão para não esquecer.  Hostes angélicas nos uniram, Viram que temos química: - envolvimento Não conseguimos ficar sequer longe Um do outro, não temos jeito; Formamos um casal perfeito. Na minha memória parece loucura: a tua presença inunda, A tua imagem fulgura vibrante De uma forma alucinante, É madrugada, estamos presentes: De corpos, corações e mentes Nunca me deparei com ninguém De natureza tão envolvente e profunda, Que me fez reler o Kama Sutra Para te seduzir com toda a doçura...

SUSPENSOS NO AR

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Arte de Rosana Schmitt Coração repleto de santidade, Alma inquieta de [emoção, Corpo aberto de solicitude Para render-se à [paixão. Serenas redescobertas, Mergulhos íntimos, Reconhecimento mútuo, Desejos intensos, Para serem rasgados, Como pedem os protocolos. Nos bosques dos imortais, Rastros do meu [perfume, Você não me esquece mais, Conheceste a [plenitude. Nos sinos das catedrais Escutarás os meus [sinais], Amor, tu buscas nas vivendas Algo que tu não te [arrependas]. Êxtases experimentadas Nas leituras deleitosas,  Dos poemas vibrantes, Alvíssimas intenções De entregar-se à indiscrição Das irremediáveis seduções. No espaço sideral, Pude vê-lo como um cometa: - Enganchado e em riste No meu corpo celeste Envolvido pelo véu lunar E assim, nós dois suspensos no ar.

Completos

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O sol foi descansar Surgiu o anoitecer A Lua saiu devagar Para  te envolver  O amor está no ar Para nos enlouquecer. Os bancos de areias - a festejar - A loucura boa de fazer Nas águas de abençoar. O céu de seda a se abrir Receptivo aos versos De natureza atentatória Íntimos e completos. Estrelinhas tilintando - testemunhas - Da nossa agarração Repleta de paixão.

Ternura

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Devoto um segredo (somente) Aos que conhecem o degredo Distante de casa,  e do seu mundo: A Via Láctea é a casa dos poetas, Dos mambembes e dos vagabundos. Envolvo com fitas de cetim, Faço uma rosa, um enfeite, Para colocar no cabelo, E lado a lado do seu cetro, Sigo em frente... Perpetuo um sonho (persistente) Aos que desconhecem  o inexorável Distante dos olhos,  e não do íntimo: A poesia é capaz  de aquecer a frieza De qualquer coração autoritário... Executo o conserto derradeiro Do destino fora do trilho, Caminho sobre cascas  de ovos, Levanto voo, e aterrisso eternamente. Porque eu sou dona  da minha loucura, Se a minha poesia no firmamento fulgura, Significa que de ti jamais sairá o anseio De voltar para acariciar-me com ternura.

Doidivanos

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Vibram como cordas, Saltam no trapézio, Desconhecem o perigo, Dançam no abismo. Enfeitam como conchas, Cantam ao pé do ouvido, Balançam como ondas, Descansam no teu colo, Procuram por você, Abrandam as inquietudes - plantadas na terra - Fazem você flutuar Navegando além da esfera. Soneto que configura canto, Sublime escândalo de ser, Sua ave mansa de bendizer: - Versos de esperança Como num lindo amanhecer. Cantam as cordas do galo, Surgem os incensos, Cantam as cordas das aves, Saúdam as esperanças, Cantam todos os mares: Glorificando os versos Doidivanos deste estalo.

Além

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Trazes o signo da vida, - o balanço do mar Trazes o melhor de ti, sabendo que estou aqui Sempre a te esperar... Onde você está? Não sei. Talvez é preciso esperar? Melhor se distanciar, como quem procura conchas Na beirinha do mar... Trazes o soneto amante, - a tatuagem indiscreta Trazes a vontade secreta, - envolvente e furtiva - Determinada além  do instante. Não vou insistir, Vou deixar fluir - seguir, Escrever, dançar e pintar - a nossa história - Deixando ela livre  para seguir. Porque de mim tens o canto E a pertença extrema, De me amar em liberdade - intensa - Com toda a potência. Além disso, tens a consciência: De que toda a volúpia E a sincera luxúria São capazes de me mover Além do anoitecer...

Morena

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Na dança das horas  confirma-se: O calendário mostrou  a sua força. A paixão findou com o tempo, O destino varreu-me  com o vento. O teu telefonema vale este poema, Para dizer que nunca tive vocação De "Carolina na janela" que por noites, E, que por causa da tua indiferença: Aguardei, aguardei com paciência O baile da rosa e do beija-flor, Eu vestida de fino perfume, Poderia ter florescido o amor. Eu fui reduzida ao teu caleidoscópio Repleto de egoísmo, e talvez até de cinismo Com a minha boa fé de moça você brincou. Doravante, mais amadurecida Não me farei de convencida, Por causa da tua aproximação, Destarte o que fazes  da tua cor De cravo e canela - morena, Que vale muito mais  de um poema, Não vai virar mais  a minha cabeça, E  nunca mais há de me fazer cair em tentação! Eu sou dona do meu  próprio destino, Você não é mais um menino, Não darei-te o meu tempo e o meu ouvido. Porque eu encontrarei  o Astro Rei

Caso Pensado

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Os teus olhos não podem me ver, Eu te busco nos versos faceiros, Só para você não me esquecer. O teu coração vive a denunciar: Eu, dona de um corpo - altar A tua devoção vive a estampar - o desejo atrevido - De um caso pensado a florescer. Os teus lábios  não vão revelar, Eu te anseio nos versos cúmplices, Só para nos bem resguardar: De todo o despeito e de todo o Mal A minha imagem de ti não vai apagar, Eu sou a melhor a parte de você: Redescobriste o amor  Por várias vezes tentei duvidar... Eu conto a história que eu quiser, A cor dos teus olhos não vou revelar. Eles podem ter a cor das flores roxas - iluminadas - Pelo Sol da tarde, Ou a cor do nosso segredo, Ou do nosso grande enredo Que vive como uma harpa a tocar....

Ser amada

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Ser amada sem rodeios E sem cerimônias, Bastar-te com meneios Bem sem vergonhas; Amar-te sem anseios E sem pressas, Ser amada em segredo, E com rituais: Para a gente se querer - sempre - E a cada dia mais e mais...  Ser amada por você E sem preocupação, Bastar-te com doçuras Bem sensualizadas; Amar-te sem censuras E sem apegos, Ser amada em plenitude, E com louvor: Para a gente não se esquecer - sempre - Como é bom fazer amor. Cai a noite serpentina, Enfeitada de estrelas, Sai vestida de brumas, Bacante sideral, Vestiu-me com rendas, - invisíveis Protegeu-me com plumas, - incríveis Mas não aos seus olhos - exigentes - Capazes de identificar Que somos indivisíveis - salientes.

Pulando muros

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Cai solene a chuva fina, Escrevo como quem furta As flores das casas alheias, - apoiadas nas cercas Pulando todos os muros, Escrevo para roubar corações. Tenho orgulho deste par de olhos, Que glorificam as alturas, Desabrochando todas as ternuras À procura de mais de  mil revoluções!  Sai infrene a letra delfina, Escrevendo como quem reza Pelos poetas perseguidos, Pelos que foram exilados Pela eliminação sutil; Para que jamais se finde a primavera. Tenho loucura pelo teu perfume, Que brindou o meu caminho, Dissipando as minhas trevas, Por você sou água, fogo, ar e terra. Ai, perene desatino! Escrevo como quem espera Os teus beijos de ouro As flores se abrem como oráculos, Ainda o céu há de testemunhar: O mais luminoso de todos os espetáculos.

Palaciano

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Eu te secreto em mim, - desinibida Do céu furto estrelas,  - incorreta - Em ti encontro o oceano,  - sem regras - Entre o mar e as areias,  - permeio Porque sou a concha,  - beijo de louça, Poema das nereidas, Tu me acetina e me rega Do teu desejo eu me ufano. Eu te desejo em mim, - faminta Do pomar da tua boca, - sedenta - Dos teus lábios privados, - serena Porque és a melhor parte, - cheio de arte Escrito eterno, Tu me rendes intimista Do meu desejo, por pornografia. Eu entrego à mão a palmatória, - submissa O pulso devoto à algema, - vadia O corpo dou à sublime tortura, - bem vagabunda - Porque és inteiro e profano, - feiticeiro Para requebrar-me em ais de loucura E explodir em fino êxtase palaciano.

Deixa eu te dizer

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Deixa eu te dizer: - Que o amor existe; E que sem você A minha vida é triste. Deixa eu te dizer: - Que eu te amo; E que eu sem você Não tenho nenhum plano. Deixa eu te dizer: - Que te namoro, E que não fico sem você Nem no outono, Eu não te abandono Nem no inverno, Porque entre nós há um verão, - e uma primavera E o nosso amor que é eterno.