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Mostrando postagens de dezembro, 2020

Galáxia do Rodamoinho

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No século onde a Grande  Nuvem de Magalhães  vem tirando a Via Láctea pela cintura até a Lua para dançar com fervura, confesso que escrevo  para seduzir e encantar. O fato do amor na minha vida não ter surgido, não me faz desesperada, depois de tudo que vivi,  não havia percebido  que a poesia era destino. No tempo dos amores  impossíveis ao menos, aqui estou disposta a fazer os amores  inesquecíveis mesmo que não sejam os meus. O final do tempo a mim também me pertence, na Galáxia do Rodamoinho mesmo que seja tardio, e o amor estiver escrito:  nós nos encontraremos, e não nos perderemos.

Lua do Lobo

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É noite ancestral de Lua  do resiliente Lobo-Guará, a tua boca vadia pela minha ainda não está  com beijos de guaraná.  Destino fatal sem avisar que cortejou os ponteiros  do tempo das Américas para dançar na escuridão, quero colo e o teu coração. É noite paranormal de Lua em ares sinistros de rua vazia e silêncio estranho, mas pensar no envolvente  e tão lindo olhar castanho: distrai e me põe no colo. No rio suspenso da noite  o girino cósmico desafiou  as vitórias régias do céu  da nossa América do Sul, o atroz e o mundo nos parou. De ti não vou desistir mesmo sem previsão  do que possa acontecer, pelo siderado condão mais do que deveria ser: indômita em inundação.

Galáxia do Girassol

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Venturas que quero somente nos braços  teus encontrarei, O tempo e o destino  em espiral indicarão, as luas no caminho.  Desenhando colinas com os meus versos, para erguer mundos e tombar impérios: O Deus da Guerra  não vai mais dançar  no meu hemisfério. Aventuras de fogo, somente nos lábios  teus encontrarei, Galáxia do Girassol  com amor e paixão  só a ti pertencerei. Irrepreensível manhã  custe o quê custar,  não adianta conspirar, porque eu sei que vem; Não existem calabouços  que resistam o convívio  com o tempo de escuridão. 

Galáxia do Sombreiro

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Neste mundo que cobra de cada um a gentileza  sem oferecer recíproca, Onde as estações estão  ligadas às alturas 24h para sufocar o barulho dos escombros internos. Só os corações bons  merecem a imunidade  deste julgamento, Cada poema cria vida própria além do tempo, gostem ou não todos irão  sobreviver aos séculos. Ao poeta de verdade  o desprezo, o anonimato  e a indiferença são combustíveis que dão potência total à Galáxia do Sombreiro na construção da sua obra imortal. Sendo borboleta sideral que silenciosa que voa  em direção à resposta, Busca convicta e inefável  por uma noite de Lua romântica que fará abrir cadeados, arrancar as correntes  e derrubar portas das prisões  de consciência da América do Sul.

Galáxia do Cata-Vento

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És o meu hipnótico  secreto que me põe  em delírio de amor  certo mesmo sem  nenhum diagnóstico, e assim te carrego. Há dança dos astros  nos nossos quadris, no olhar os sinais  que só os apaixonados  fazem por merecer, e na viração das horas  hão de nos pertencer. És o meu único ilustre  cidadão do meu peito, Galáxia do Cata-Vento, te amo além do tempo que nos coloca todo o dia à prova e rebento. Os arquitetados beijos em reserva especial permanecem do jeito como devem estar, para plenos serem quando você chegar numa linda noite de luar.

Objeto de Mayall

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Arte Rosana Schmitt    Entre nós há fusão, Objeto de Mayall e um anel na mão. Você no coração, perto estando longe: inabalável paixão. Entre nós há tudo, na tediosa espera  o amor é convicção. Há entre nós a silenciação:  das grandes galáxias  em tremenda explosão. Um misto de sonho de uma noite de versão, luar, transe e canção.

Paraíso Deserto

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Arte de Rosana Schmitt  Pestanas do infinito  dançam de encanto total e derradeiro no nosso Universo em hipnótico ritmo. Caminho para baixar  as guardas, fazer  abandonar as armas e render corações para recusarem à guerra. Desejo como o Sol ao luar com toda a paz sublime e o amor manhoso: que só eu posso te dar em toda a face da Terra. Nuvens de Magalhães  iluminam o trajeto que me trará até você num paraíso deserto, e a sós nos encontraremos.

Objeto de Hoag

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  A virada da noite para o dia será  quando ninguém estiver observando e a fé titubeando. Sei que você tem feito valer a espera, e eu o raio de luar  pela fresta da janela. Os dedos do poema e o Objeto de Hoag têm um estratagema,   e se servem do tempo para serem ainda mais lindos para te ter. Tal como astro-rei   no espaço se enleva,  o teu peito pelo meu fascinado me venera.

Cosmos RedShift 7

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Arte de Rosana Schmitt Envolventes palmas, na testa marcada e nos pés descalços  há os sinais da mais brilhante e distante das galáxias nomeadas e tempos de roseirais:  Cosmos RedShift 7 e o zodíaco na pele de quem nem mesmo  o mau tempo teme. Desconfiava sempre que eu era diferente, e sempre soube que estava certa com o coração voltado para a Lua e o infinito: O meu rosto carrega  a herança visível  de um povo perdido, e da minh'alma gêmea. Nas mãos bailarinas  que trazem acenos  para a imortalidade, eu sei e você sabe, e assim nos queremos com pacientes segredos.

Amor Doido

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Tenho a urgência  de viver com você, Faça destas mãos  o cósmico bambolê, Não vou parar de pedir  para te pertencer, Vem dançar comigo a música do destino, o tango intuitivo  E zombar da lucidez, num incauto beijo de amor doido amor; Fica parado na minha  frente porque não  canso de te querer, Em junção mais próxima  que Júpiter e Saturno, me recusarei arrefecer, Levo você em segredo  mais misterioso que o Universo, as minhas letras e luas são  sinais da Galáxia do Cometa, porque vão muito longe  e para que  ninguém esqueça.

Galáxia Charuto

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Solstício de Verão, amor em quentura, Estamos esperando pela próxima Lua, Galáxia Charuto, tabaco de estrelas, Mil beijos estetas os lábios ensejam,... Cadenciados nunca haverão de cessar, Poros em rumba  o amor irá celebrar; Amor, eu te quero  e não irei largar, De ti só espero  o mais profundo apego, e de ti não mais voltar.

Amor feito

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Quando o Sol for se deitar, Júpiter e Saturno vão bailar, Quero sem nenhuma farewell, solene e sem nenhuma pressa nos teus lábios de moscatel a cada entreabrir me deleitar. Sinal cósmico a indicar a poesia nômade no rodopio da Galáxia Cartwheel, Na envolvente troca de colos fazer o teu no meu de Lua  rendido não se sossegar; E embalado pelos beijos  meus não dará nenhum  sonso pio até o Sol despertar.  Quando o Sol raiar, cada verso em erótico giro  há em ti por inteiro ocupar,  Para florescer, enveredar e enfeitiçar este coração doido de amor no meu morar. Nas palmas das mãos estão  tudo aquilo que é imenso e não será disperso, por cada canto do continente se tem notícia do nosso amor feito de Universo.

Galáxia de Bode

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No espiral do destino  venho pressentindo  que encontraremos o caminho que irá  nos levar ao encontro nesta Terra onde muitos (que com os códigos  da vida acham que  têm o poder romper). Nem o tempo, a distância  e a falta céu aberto,  dispersam sentimento, Há mais de um batimento  nesta pastagem sideral onde a Estrela-de-Belém e notícias de libertação  esperam por alinhamento. Gira a Galáxia de Bode com a força do Universo  nenhum homem pode, as estrelas têm riscado  o mapa astral que levará  o meu coração encontrar  (a tua paixão muito além do que os luares imaginam e alguns poucos acreditam). A cada noite brasileira a tua paixão será eterna e derradeira, não haverá desistência  ou caminho de volta, e por cada uma não se cansará de se render.

Amar Discretamente

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Caindo o temporal sobre as araucárias  do nosso destino.  Centáureas pétalas  pairam na campina lembrando estrelas. Sentindo por dois  o quê há de incrível: amar é indestrutível. Viagem sidérea interior em lunar rito silente na haste peito. Teus olhos lindos feitos de Andrômeda os quero comigo. Como filha dos tambores desta América do Sul, não sei amar discretamente.

Galáxia Olho Negro

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Os cabelos tão indomáveis  por Basquiat foram tingidos, e os ideais estão a esvoaçar  em ritmo e abolicionismos, Rumo à Galáxia Olho Negro, porque aqui nesta Era onde  a angústia, ansiedade e o medo não deveriam não mais morar; Os homens não aprenderam a lição por nenhum lugar, e eu assumo que ainda sonho com nós dois em noite de luar. Fiz a tremenda jura pública de enquanto eu não tiver você aqui comigo colado,  não irei ter o peito sossegado.   (Nos pertencemos acima das galas das mais altas galáxias nomeadas,  e o amor faz o nosso sistema solar).

Miragem

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O pincel do Universo  transita na galáxia, é transe do arrepio  neste continente ilhado por desastres. Júpiter e Saturno  em ritmo turco, nas minhas palmas  e na testa venho  e trago todas luas. Há em nossas alturas  o véu que envolve o tempo e anoitece em todas as músicas, e lanço as mil juras. Porque na passagem da intensa madrugada  no céu que brinda o dia no mar ou na montanha sem me importar  em qual paisagem, Certa estou que tu vens, e a tua loucura de amor  não será jamais miragem.  

Antes

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Arte de Rosana Schmitt  Olhos voltados  para as pétalas  dos ipês brancos  espargidas no rio suspenso da noite, Amar sem me  conhecer tem feito  todo o sentido,... Geminídas coroam a minha fronte, os teus olhos lindos  conduzem ao monte, e ornam o destino, Amar sem sequer  ter me ouvido  tem sido o motivo,...   Pelo peito que você já conhece por intuição a devoção  pela paz entre os povos que jamais fenece.  Amar sem querer era algo previsível, e agora irreversível,... Em Eclipse Solar Parcial  escrevendo poemas para ser  a voz dos sem voz e de um General, de mim você não vai mais  conseguir se livrar e esquecer; Júpiter e Saturno alinhados  lembrando que o Mundo  também é carta de Tarot, virei a tua Lua Querida Lua  mesmo antes da gente saber. 

Buscando

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Buscando pelo amor que virá ao caminhar nesta travessia como fogo, paixão e ventania,  abro caminhos e traço rotas, porque não sei quem o amor  de fato primeiro encontrará. Renascendo com as auroras, meus discretos motins estão  se espalhando como sementes, e como versos nômades não  descansaram com os poentes, eles já estão por todo o lugar. Aceitando os sinais do destino, certa como a Lua romântica em noite de céu estrelado, me encontro como música  inabalável no coração do povo  que jamais hão de me apagar. Devolvendo o amanhecer  no teu insigne e gentil peito estão todos os meus sinais, e todas as minhas estações  porque o amor sem nunca  ter te visto arou as emoções.