Pertences





Nas minhas pétalas
tu te roças,
No meu beijo
que tanto procuras:
está o meu corpo
cheio de loucuras.

Não desvias,
porque tanto adoras
As minhas mãos de fada,
sem farsa,
e minhas carícias
todas mimosas.

Nas minhas galas
tão pomposas,
No meu bailado
tão repleto de ginga:
assim seguem
as minhas malícias.

Não desvias,
porque tanto fazes
E por onde fazes
ser tua - toda;
e segue
em gestos audazes...

Não desvias 
- porque escreves
O poema das mil fases;
Tu, só tu me trazes...

Não desvias
porque estão entregues
As devoções e as tuas
alucinações
Uma a uma, assim tu
me pertences...



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