SEGREDAR



No oceano do teu olhar,
Libertária,
Resolvi este verso buscar.
No celeste do teu olhar,
Envolvente,
Alcancei algo de estelar.
No infinito de nós dois,
Onipotentes,
Não existe 'o depois'... 

Ainda bem que a poesia existe,
Assim temos como sonhar...

Nos tornamos ainda melhores,
Cúmplices,
Na medida em que amamos
Muito mais e melhor...;
Aprendemos todos os dias
Com a arte de amar...,
Infinitos em tudo,
Não nos contentar...

Ainda bem que a poesia existe,
Assim eu posso ir devagar...

A tua imensidão em secreto,
Da despedida não dada,
Do beijo ainda não 'provado',
Do corpo não 'despido',
A tua coragem embalada,
No afã de um caminho,
Do pecado não 'cometido',
A tua convicção apaixonada,
Por nossa poesia adocicada,
Por nossa loucura primaveril,
A tua bondade juvenil,
A tua exatidão feita de retidão,
A tua intensidade em devotar-me
Da melhor maneira, e com fina arte.

Ainda bem que a poesia existe,
Assim eu posso me declarar...

Na profundidade da história,
Só nos cabe a glória,
Do nosso amor segredar,
Você fica a me ler...,
E o meu eu a te escrever,
Essa história que eu não sei
Se terá final ou não.

Ainda bem que a poesia existe,
Assim eu posso divagar...






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