Teia





A delicadeza das horas,
E o vai-vem dos oceanos.
A repletude dos perfumes,
E o abandono das madrugadas.
Assim nos completamos,
Nos compreendemos, nos amamos
Ao ponto de nos perdermos em nós;
A vida se fez como uma foz.

Lira da loucura santa,
Coisa de quem ama,
Só compreende, e se entrega,
Ao teu jeito viril,
Que semeou amor na Terra.

Sempre eu nos preciso,
Bendiga o nosso desejo,
Surgiu mesmo sem beijo
Apenas no teu olhar 
O cancioneiro se fez nascido.

Ter mais amor que o amor,
Ambição dos poetas e dos amantes,
Em versos borbulhantes
Para que nada se perca, 
E no poemário tudo se cometa.

A minha poesia faz a teia,
Faço graça ao teu olhar,
Despeço-me ansiosa:
Carregando uma vontade ímpar
Que incendeia, e que não vai passar.


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