Poema confuso



Arte de Rosana Schmitt

Na nossa festa particular cabe
toda a libertinagem do mundo,
E muitas histórias para contar
sobre o sexo mais [rotundo].

No nosso planisfério entram
os convidados assanhados,
E alguns deles luxuriosos
outros muito [acanhados.

Na nossa festa toca de tudo:
mãos, bocas, corpos e ritmos,
E incontáveis doces sons
para o indeléveis [delírios].

Do nosso jeito de dispor
e despir todas as palavras,
Nos encontramos em fulgor
de quem as vê sem [fábulas.

Na festa entraram as fadas
sem vergonhas e despidas,
Os homens viram minotauros
e acabam tocando [liras].

Sob o comando de Apolo
e do seu corpo feito de Sol,
Acato e me rendo submissa
só para receber o teu [colo.

Na verdade o cálice é o falo,
e durante a festa provo
Da luxúria e toda a volúpia;
E neste poema confuso me calo.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Vizinhanças

Poesia para a Chuva em Rodeio

Carícias Plenas