A Primavera do amor demais


Foto: Cláudia Carpes Pedro 


Você sabe muito bem,
que eu não quis admitir:
- Que nós somos iguais!

Você me conhece bem,
por isso não preciso falar
que você mora em mim.

Eu sei que moro em ti,
fingi não [perceber]:
para não me entregar...

Você sabe que vou além,
que escrevo com o gentil
- arrimo -
Destes teus olhos celestiais,
e eles não se apagarão jamais!

  Eu vivo uma inevitável
primavera que não passa,
a minha alma te abraça.

Eis o solstício irremediável
eterna chama que não abrasa
a vontade na imensidade.

A inspiração particular,
em tons solares e florais,
só para te embriagar demais. 

Você me conhece muito bem,
- ilustre cidadão do meu peito - 
e devastador como ninguém.
Você venceu o próprio tempo,
viraste paixão em poemas inteiros!

Sou senhora da minha liberdade, 
- proprietária do meu nariz -
e boêmia das palavras.

Além das matizes mais florais
e de todos os bons 'setembros',
Eu reconheço que estou assim
- vivendo -
A mais colossal das estações:
- A Primavera do amor demais...






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