Scarpin Vermelho






Nunca abrimos
o vinho que
está guardado
na antiga cristaleira,
parei com besteira,
e aquele disco
repeti a noite inteira.

Não sou mais
a mesma ingênua
que chegou
cheia de sonhos.

O scarpin vermelho
está no canto
do meu quarto,
e tenho apenas
que ter bom senso.

A névoa caída
na madrugada
não atrapalhou
os meus olhos.

Nunca precisei ter
enfeites nas mãos
para a antipatia
que a face precisa
esconder com
quem nada fez.

Na penumbra sem
desejar o quê
na vida me tornei:
a estrela solitária
em nostalgia.

Nenhuma cara feia
me intimida,
alguma dúvida
ou pouco caso
com a minha poesia.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Vizinhanças

Poesia para a Chuva em Rodeio

Carícias Plenas