A Guerra do Destino




O pacto de amizade entre 

Grozny e Mariupol

não gerará esquecimento,

porque neste bastidor 

de letras tem o suficiente

para que não haja

nunca mais apagamento. 


Ondeia o trigo das estepes

e o azul da Soberania na Bandeira

para lembrar onde começa

e onde se celebra a Independência.


Enfeitei os meus cabelos 

com girassóis e fiz um 

canteiro com camomilas 

porque ainda não vou 

parar de escrever poesias.


As minhas poesias 

imparáveis serão espalhadas 

de boca em boca 

porque são indomáveis,

esta poética imparável 

é Motanka giratória.


Se por acaso conseguirem

fazer com que eu pare  

de escrever: as minhas 

poesias continuarão

sendo escritas sozinhas.


Os mercenários muito tarde 

tomaram posse da realidade 

e foram pelos ares,

e eu ainda testemunho 

povos querendo conquistar

as suas liberdades.


Para cada um que chora 

os seus mortos aceno 

o meu respeito e entrego

este poema como quem 

planta um lírio pacífico

e profundo para que findem 

de uma vez com a guerra do destino.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Vizinhanças

Poesia para a Chuva em Rodeio

Carícias Plenas