Melancia




Fiz uma imaculada 

canção para os ouvidos 

místicos do coração 

com tudo do milênio 

que artistas pintaram 

e poetas escreveram.


A metáfora da flâmula 

que transcende o físico,

vira semente na terra

porque a ela pertence,

e fruto humano sempre 

será novo embora nativo.


Embora uns não creiam 

que o amor é muito

maior do que a morte 

onde ficar vivo ainda 

é questão de sorte 

ou para outros é poesia.


Contando toda História, 

falando sobre tudo o quê 

se passa: assumo o tempo 

todo que tiro o sossego 

de quem acha demais  

e se impõe pelo medo.


Mesmo que eu seja 

a única ou a última

voz sigo erguendo 

a flâmula, semeando

o fruto e querendo

insistir em deter a guerra.

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